Os 3 princípios fundamentais do SEO

Antes de começar a criar sua estratégia, é importante conhecer os princípios fundamentais do SEO. Confira a seguir!

Última atualização:

26 de setembro de 2023

Flávia Crizanto
Índice

    Flávia Crizanto

    Entra ano e sai ano e começamos a ver pipocar em nossas timelines, newsletters e páginas de buscas dezenas de texto falando sobre as principais tendências do SEO e também de outras áreas, como: link building, marketing de conteúdo e mídias sociais.

    Afinal, estamos na era em que essas técnicas são extremamente importantes para o mercado, ao mesmo tempo que também estão integradas ao contexto social de todos os usuários da internet.

    Por outro lado, existe um pouco de banalização na distribuição desse tipo de informação. É o momento em que alguns editores de blogs e sites buscam pelos conteúdos do ano anterior e repassam para o redator a missão de atualizar os títulos e dar uma requentada no texto com algumas informações novas. E

    Claro que esse artigo não é uma crítica às atualizações de informações. Pelo contrário, conteúdos agregados com informações relevantes são sempre úteis e necessários. Mas não gostaríamos de deixar de lado o fato de, muitas vezes, fazermos isso pelos algoritmos e não com uma intenção genuína de levar informação úteis aos leitores.

    Descubra agora a principal tendência do SEO

    ilustração de notebook com uma lupa na tela representando busca
    fonte: freepik.com

    A resposta é: o SEO não vai mudar.

    Simples assim. Se você não está convencida sobre isso pode, inclusive, terminar este post por aqui. Mas caso queira saber um pouco mais do que nos levou a essa conclusão, esse post vai abordar:

    • Os princípios básicos do SEO.
    • Surgimento de inovações.
    • O papel do usuário na estratégia de SEO

    Para começar esta reflexão, cabe-nos dar o crédito a quem nos trouxe essa provocação. Foi uma postagem no Twitter do Ian Lurie:

    Basicamente, ele reforça que o SEO continua a ser importantíssimo para uma estratégia de marketing, mas não mudou. Apenas encontramos novas maneiras para descrever velhas estratégias, para nos sentirmos importantes.

    O recado principal é: fazer SEO ainda é focar em três pontos básicos. Antes de se preocupar com as tendências de qualquer ano,  2022, 2023, 2024… tenha certeza de que compreendeu os princípios básicos dessa área.

    Os 3 princípios fundamentais do SEO

    vetor de uma barra de busca com uma lupa
    fonte: freepik.com

    Em 2015, o especialista Barry Adams também escreveu um artigo abordando este tópico sobre os 3 pilares do SEO e, ao lê-lo em hoje, é possível perceber o quanto ainda está atual. Abaixo retomamos esses princípios.

    Visibilidade

    Essa é ponto que que também escutei algumas vezes do Caio Lemos, um dos melhores profissionais de SEO que já conheci,  “em SEO sempre devemos nos perguntar e procurar entender como os algoritmos do Google estão enxergando um site e suas páginas.”

    É por esse caminho que Lurie também vai. Ele reforça que vai existir algo de errado se algum mecanismo de pesquisa:

    • Acessar seu site e imediatamente sair de lá.
    • Acessar o seu site, mas não conseguir compreender a estrutura.

    As ações que tomamos e pesquisamos com base nessas questões é o que podemos chamar de SEO técnico. 

    Relevância

    O Google ou qualquer outro buscador consegue entender sobre o que o seu site está falando? Esta é uma pergunta que sempre deve ser feita para quem deseja trabalhar a relevância de um site. Nesta etapa, o SEO se integra ao conteúdo para conseguir informar aos motores de busca qual é o contexto de uma página e de um site.

    A atenção deve estar no fato de que não é entulhando seu conteúdo com inúmeras palavras-chave e alcançando a tal densidade que você vai conseguir passar essa informação para os buscadores. Pense sempre sobre a melhor forma de passar aquilo que você quer dizer em sua página e em como falar.

    As decisões tomadas nessa etapa podem ser chamadas de SEO Semântico.

    Autoridade 

    Outras pessoas e sites te dão alguma credibilidade? No SEO isso importa e muito. E uma das maneiras de você encontrar essa resposta será pensando em backlinks. Ian é categórico ao dizer que podem até existir outros sinais de autoridade, mas são os links que fazem o mundo girar.

    O cuidado que se deve ter nessa etapa é não se iludir com estratégias simplistas e automatizadas. Conseguir links exige planejamento e um profundo entendimento de métricas de link building. Essa é a etapa que mais costuma ser desprezada pelo profissionais técnicos, mas acredite, ignorá-la pode ser um grande erro.

    Caso queira saber mais sobre o assunto recomendamos este post:

    SEO: saiba o que é autoridade de um site

    Universos das buscas: tudo novo de novo?

    vetor de uma mulher preocupada em frente ao notebook
    fonte: freepik.com

    Não. Os mais diversos especialistas são categóricos em afirmar que a base do SEO continua sendo a mesma. Algumas informações podem te ajudar a concordar com isso:

    • Tratamos as marcações Schema como algo novo, mas ela existe há mais de 10 anos.
    • LSI (Latent Semantic Indexing) também está sendo trabalhada há mais de 10 anos.
    • Vídeos são populares no marketing digital há um bom tempo, basta pensar que o Youtube está sendo utilizado há aproximadamente 15 anos, logo sempre esteve no radar de quem elabora uma estratégia pensando em autoridade e relevância.
    • Pesquisa por voz não é uma outra interface, então ela não irá mudar as regras dos buscadores.
    • Atualizações nos algoritmos como o Rankbrain não mudaram o trabalho dos profissionais de SEO e espera-se que o Core Web Vitals também não altere a disputa, afinal pensar em UX não deveria ser considerado uma ação revolucionária.
    • Mesmo com todas as alterações da SERP no decorrer dos anos, a estratégias SEO´s possuem a mesma base.
    • Estrutura e linkagem interna sempre foram importantes e ainda são.

    O que realmente muda para o profissional de SEO?

    ilustração de uma mulher pensativa sobre tecnologias
    fonte: freepik

    O comportamento do usuário ao ser impactado pelas transformações tecnológicas. Não devemos nos esquecer que a missão dos buscadores é entregar a cada pesquisa a melhor resposta, de forma útil e relevante. A do Google especificamente é “organizar as informações do mundo, tornando-as acessíveis e úteis.”.

    Por isso, o foco do profissional de SEO deve ser:

    • Entender como os sites funcionam e podem ser aprimorados.
    • Entender como os buscadores funcionam.
    • Entender o que as pessoas desejam.

    Como dica para entrar nesse universo, vale inclusive checar um filme lançado pelo Google chamado “Trillions of Questions, No Easy Answers: A (home) movie about how Google Search works”

    Para quem quiser um vídeo mais curtinho:

    Concentre-se em questões como: o que não fazer?

    ilustração de uma página com sinal vermelho de proibido
    fonte: freepik.com

    Após abordamos o tópico de forma a mostrar que a base do SEO continua a mesma e que você não vai precisar fazer tantas coisas diferentes, como alguns artigos fazem parecer, você pode estar se perguntando: mas não preciso mudar nada?

    Claro que sim. Se o Google se readapta, você também vai precisar. Vamos lembrar que estamos falando de uma empresa que existe desde 1998. Apesar de a base ser a mesma, cada profissional de SEO busca as suas estratégias para alcançar as melhores posições e algumas delas vão ficando defasadas como:

    • Keyword stuffing.
    • Automatização de backlinks.
    • Toda e qualquer tática de spam.
    • Abertura excessiva de páginas para palavras-chave de um mesmo contexto.
    • Utilização exagerada de palavras-chave exata em textos-âncoras dos hiperlinks.

    Agora que conseguimos conversar sobre os pontos que nunca devem ser esquecidos, podemos abordar alguns assuntos que serão mais debatidos no cenário do SEO nos próximos meses e para os quais você deve olhar e executar suas estratégias, sempre pensando nos princípios fundamentais do SEO.

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    baixar guia SEO

    Core Web Vitals – o mais novo fator de ranqueamento do Google

    vetor da logo do Google
    fonte: freepik.com

    A cada anúncio feito pelo Google de atualização do algoritmo, os profissionais de SEO ficam apreensivos. Afinal, o impacto no ranqueamento dos sites pode significar perda de posições e, consequentemente, acessos e dinheiro.

    O anúncio do Core Web Vitals foi realizado em novembro de 2020, com bastante antecedência para que todos tivessem tempo suficiente para se adequar às boas práticas exigidas para esse fator.

    Por isso, você deve ter visto esse item nas principais previsões para o SEO em 2021. Mas a pergunta que todos estão fazendo é: o que fazer?

    Basicamente, o foco dessa nova atualização está na experiência do usuário e o Google segue permitindo que você tenha acesso a todas as análises e recomendações para o seu site.  “O benefício imediato será uma experiência melhor para os usuários que visitam seu site, mas, a longo prazo, acreditamos que trabalhar para um conjunto compartilhado de métricas e limites de experiência do usuário em todos os sites será fundamental para manter um ecossistema da web saudável “, cita FAQ publicada pelo Google. 

    De forma resumida, você deve se atentar a 3 sinais:

    1. Largest contentful paint (LCP)

    LCP (maior exibição de conteúdo, em português) é um item que vai avaliar basicamente a rapidez que uma página carrega o maior elemento de conteúdo visível na janela de visualização, desde a solicitação do URL pelo usuário.

    O LCP será influenciado pelo pelo tempo de renderização, tamanho de  imagens, vídeo e texto na janela de visualização. Itens como o servidor, CSS, JavaScript podem impactar diretamente nessa performance.

    2. Cumulative layout shift (CLS)

    O CLS (mudança de layout cumulativa, em português) vai mostrar o quanto o layout da página muda durante o carregamento. Uma pontuação que vai de 0 a 1 será dada, em que zero significa ausência de deslocamento e 1 significa o maior deslocamento

    Na prática situações como, ao carregar uma página clicamos em um botão e no último segundo ele muda e clicamos em outra coisa, serão consideradas como ruins no CLS.

    De acordo com Cyrus Shepard, da MOZ, o principal motivo pelo qual os itens de uma página não são estáveis ​​é que os tamanhos das imagens geralmente não são definidos. Portanto, se você tem uma imagem com 400 pixels de largura e altura, eles precisam ser definidos no HTML. Existem outros motivos também, como animações e coisas assim.

    3. First input delay (FID)

    A terceira coisa dentro dos fatores do Core Web Vitals é  a latência da primeira entrada (FID). Esta questão basicamente pergunta qual é o tempo entre a primeira interação do usuário com sua página (como cliques em links, toques em botões e assim por diante) e o momento em que o navegador responde a essa ação.

    Colocando de forma prática, quando um usuário clica em algo, um botão ou um evento JavaScript, quão rápido o navegador pode começar a processar isso e produzir um resultado? Isso pode depender do seu JavaScript e do código de terceiros.

    Core Web Vitals x outros fatores de ranqueamento

    Apesar da grande preocupação desse sinal de classificação em comparação com os demais (compatibilidade com dispositivos móveis, navegação segura, segurança HTTPS, etc.), o Google parece apontar que o Core Web Vitals terá menos peso do que os fatores relacionados à satisfação de busca dos usuários.

    De forma mais direta, conteúdos de qualidade continuam a ter um peso significativo nos resultados de SEO. “A experiência da página é apenas um dos muitos sinais usados ​​para classificar as páginas. Lembre-se de que a intenção da consulta de pesquisa ainda é um sinal muito forte, portanto, uma página com uma experiência de página inferior ainda pode ter uma classificação elevada se tiver um conteúdo excelente e relevante”.

    Conclusão

    As práticas de SEO não mudaram, mas os buscadores se aprimoram para atender a evolução dos usuários e das tecnologias. Os bons profissionais devem seguir focando em um trabalho que siga as boas práticas do Google, assim como a sua lógica de funcionamento.

    Acreditar que haverá uma ação específica que irá te levar rumo ao topo só trará frustração, afinal o SEO visa atender aos mais de 200 fatores de ranqueamento do maior motor de busca do mundo.

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